segunda-feira, 24 de setembro de 2012

De Primavera, de Chuva, de Poesia e de Brasília!


Junto com a dadivosa chuva que dessa vez chegou em Brasília antes da primavera (veio com o dia da árvore em 21/09) também vieram gratas surpresas com a  mudança da paisagem da capital federal e com o Documentário Sob o Signo da Poesia exibido na tarde de sábado (22/09), na Sala Martins Pena do Teatro Nacional. Um verdadeiro presente para os olhos, para os ouvidos, para a alma! Com a direção de Neto Borges, o documentário de 70 minutos revela uma Brasília digna de ser apresentada a todos os visitantes, a todos os funcionários públicos que aqui residem, mas que aqui não nasceram. Algumas vezes sinto que Brasília é mal-compreendida por alguns que afirmam ‘ser uma cidade fria’. Geralmente quando encontro e converso com não-nativos sempre me apresento como ‘brasiliensis rarus’ e me sinto assim, uma espécie de difícil identificação. Boa parte das pessoas com quem já troquei ideias sobre Brasília apresenta um discurso similar a respeito de Brasília e do brasiliense: frieza, burocracia, corrupção. Custa-me muito ouvir tais declarações! Ao meu modo saio em defesa da cidade e de seus habitantes, cantando as vantagens de uma população aberta à diversidade cultural, capaz de conviver com o diferente e com as diferenças. Para minha sorte e para a sorte de que quem ainda não sabe o que é Brasília, existem os artistas, os únicos seres no mundo capazes de esboçar uma definição de Brasília! Pessoas que conseguem por meio de seu olhar visionário e mágico enxergar além e desvelar – e revelar – a essência das coisas. Cineastas, poetas, dramaturgos, artistas de rua, trovadores, mímicos e mágicos contam, numa resenha perfeita, a verdadeira vocação de Brasília: “se fosse um signo seria poesia e seu ascendente seria a diversidade.” Com alegria singular e emoção sem igual vi uma Brasília ser desenhada e revelada por artistas que traduziram para a linguagem universal da expressão artística todo o sentimento, toda a graça, toda a poesia latente, vicejante e pulsante que jorra cotidianamente de Brasília. A poesia dessa cidade que tanto amo está nos olhos de quem aprendeu a ver! E agora será eternizada sob o signo da emoção na forma de um documentário que é poesia pura...

By M@riBlue.

Um comentário:

  1. O seu texto traduz o sentimento de muito gente que não sabe ou até mesmo não tem como expressar o seu amor por Brasília. Eu compartilho da mesma idéia e devo confessar: demorou algum tempo para que os meus olhos aprendessem a vê-la sob o prima de poesia, porque na realidade Brasília é poesia racional, reta e curva, medida, planejada e por assim o ser, torna-se mais difícil estabelecer o elo com o abstrato.

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