Hoje quero me desprender de tudo aquilo que me paralisa. Quero assumir uma nova postura diante das coisas que ouvi, que vi, que vivi. Quero me livrar de toda a poeira que ficou impregnada em meus pés e não desgrudou, especialmente daqueles lugares onde não fui bem recebida. Quero me libertar de todos aqueles que tentaram sequestrar minha subjetividade. E eu mesma soltar as amarras mentais que me mantém refém de mim mesma. Quero ser o projeto original desenhado pelo Criador e não as alterações sem controle que querem fazer de mim. Construirei ao longo desses dias espaços e tempos de silêncios que me ajudarão a aprender a me amar e me dispor para o outro. Darei a cada dia passos mais firmes e seguros em direção à felicidade. Aprenderei a pontuar a vida da maneira mais serena e adequada. Exclamar quando houver espaço, indagar sempre que necessário, pontuar sempre! Ser cara de exclamação para aqueles que mais amo. Buscarei a facilidade para o perdão e não para o desamor. Prestarei mais atenção ao que sinto, expressarei os meus desejos. Serei cada vez mais dona da minha própria vida, do meu ser e responsável pela qualidade de vida que busco e mereço. Farei bom uso da mais fantástica ferramenta que Deus deixou que é o meu corpo. E o transformarei no melhor invólucro para a essência divina que nele habita. Quero reconhecer cada vez mais em mim a imagem do Cristo que sempre devolveu ao outro o que cada um é. Quero ter a alegria de me saber e de reconhecer que o outro também é. Amar o outro passa, inegavelmente, pelo exercício de amar-me. E é nessa empreitada que irei seguir. A passos largos e firmes, mas sem pressa. Com a calma e a convicção de quem conhece os próprios limites e sabe que a pressa pode ser prejudicial. E, quando achar que já estou pronta, quero ter a graça de descobrir que ainda falta algo, que ainda existirão traços a serem definidos e desenhados, mas que o resultado visível já apresenta contornos de uma sensacional obra de arte.
Fonte da imagen: http://saibatananet.blogspot.com.br/2012/03/civilizacoes-antigas-os-celtas.html. |
by M@riBlue.